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quinta-feira, 10 de abril de 2014

A Transfiguração de Jesus !

A Transfiguração

Transfiguration_Raphael
Transfiguração  - Raphael Sanzio (1516-1520)
Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a sós para um monte alto e afastado. E transfigurou-se diante deles. Seu rosto brilhou como o sol e as roupas se tornaram brancas como a luz. Nisso, apareceram Moisés e Elias conversando com ele. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Senhor, como é bom estarmos aqui! Se quiseres, levantarei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias”. Ele estava ainda falando quando uma nuvem brilhante os envolveu e da nuvem se fez ouvir uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, de quem eu me agrado, escutai-o”. Ao ouvir a voz, os discípulos caíram com o rosto no chão e ficaram com muito medo. Jesus se aproximou, tocou-os e disse: “Levantai-vos e não tenhais medo”. Então eles ergueram os olhos, mas não viram mais ninguém, a não ser Jesus. Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes: “Não conteis a ninguém o que vistes, até que o Filho do homem ressuscite dos mortos (Mateus 17, 1-9).
A Transfiguração de Jesus é um acontecimento marcante na vida de Jesus que aconteceu no Monte Tabor e que está descrito nos evangelhos (além do texto citado acima) também encontramos em Marcos 9, 2-8 e Lucas 9, 28-36; onde Jesus manifesta sua glória aos que estão junto a Ele. Este relato, encontrado nos evangelhos sinóticos, marcam o momento em que Jesus acompanhado de três dos seus apóstolos sobem a montanha (Monte da Transfiguração ou Monte Tabor); e que, Estando os quatro no alto do monte Jesus começou a reluzir uma luz muito brilhante e, apareceram ao seu lado os profetas Moisés e Elias que conversavam com ele.
 UM ANTEGOZO DO REINO
A partir do dia em que Pedro confessou que Jesus era o Cristo, Filho do Deus vivo, o Mestre «começou a explicar aos seus discípulos que tinha de ir a Jerusalém e lá sofrer [...], que tinha de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia» (Mt 16, 21). Pedro rejeita este anúncio e os outros também não o entendem (312). É neste contexto que se situa o episódio misterioso da transfiguração de Jesus (313), no cimo duma alta montanha, perante três testemunhas por Ele escolhidas: Pedro, Tiago e João. O rosto e as vestes de Jesus tornaram-se fulgurantes de luz, Moisés e Elias aparecem, «e falam da sua morte, que ia consumar-se em Jerusalém» (Lc 9, 31). Uma nuvem envolve-os e uma voz do céu diz: «Este é o meu Filho predilecto: escutai-O» (Lc 9, 35).
  Por um momento, Jesus mostra a sua glória divina, confirmando assim a confissão de Pedro. Mostra também que, para «entrar na sua glória» (Lc 24, 26), tem de passar pela cruz em Jerusalém. Moisés e Elias tinham visto a glória de Deus sobre a montanha; a Lei e os Profetas tinham anunciado os sofrimentos do Messias (314). A paixão de Jesus é da vontade do Pai: o Filho age como Servo de Deus (315). A nuvem indica a presença do Espírito Santo: «Tota Trinitas apparuit: Pater in voce; Filius in homine; Spiritus in nube clara – Apareceu toda a Trindade: o Pai na voz; o Filho na humanidade; o Espírito Santo na nuvem luminosa» (316):
 Transfiguraste-Te sobre a montanha e, na medida em que disso eram capazes, os teus discípulos contemplaram a tua glória, ó Cristo Deus; para que, quando Te vissem crucificado, compreendessem que a tua paixão era voluntária, e anunciassem ao mundo que Tu és verdadeiramente a irradiação do Pai (317).
No limiar da vida pública, o batismo; no limiar da Páscoa, a transfiguração. Pelo baptismo de Jesus «declaratum fuit mysterium primae regenerationis – foi declarado o mistério da (nossa) primeira regeneração» – o nosso Batismo; e a transfiguração ‘est sacramentum secundae regenerationis – é o sacramento da (nossa) segunda regeneração’ – a nossa própria ressurreição (318). Desde agora, nós participamos na ressurreição do Senhor pelo Espírito Santo que atua nos sacramentos do Corpo de Cristo. A transfiguração dá-nos um antegozo da vinda gloriosa de Cristo, “que transfigurará o nosso corpo miserável para o conformar com o seu corpo glorioso” (Fl 3, 21). Mas lembra-nos também que temos de passar por muitas tribulações para entrar no Reino de Deus» (Act 14, 22):
«Era isso que Pedro ainda não tinha compreendido, quando manifestava o desejo de ficar com Cristo no cimo da montanha (319). – Isso, Ele to reservou, Pedro, para depois da morte. Mas agora, Ele próprio te diz: Desce para sofrer na Terra, para servir na Terra, para ser desprezado e crucificado na Terra. A Vida desce para se fazer matar: o Pão desce para passar fome; o Caminho desce para se cansar de andar; a Fonte desce para ter sede; – e tu recusas-te a sofrer?» (320). (cf. CIC 554.555.556.)
Os Papas falam sobre a transfiguração
Papa São Leão Magno comentara: “Para que os apóstolos con­cebessem com toda a sua alma essa ditosa fortaleza, não tremessem ante a aspereza da cruz, não se envergonhassem de Cristo e não tivessem por degradante o padecer… manifestou-lhes o esplendor de sua glória, porque, embora cressem na majestade de Deus, ignoravam o poder do corpo sob o qual a divindade se ocultava… Pois, estando ainda revestidos da carne mortal, não podiam ver e compreender, de modo algum, a inefável e inacessível divindade, visão reservada na vida eterna para os limpos de coração”.
Papa Paulo VI, disse a respeito da transfiguração: “Cristo é beleza: beleza humana e divina, beleza da realidade, da verdade, da vida” (Insegnamenti IX/1971, 36).
Papa João Paulo II, disse sobre a transfiguração (em 11/03/2001): Este é um grande mistério para a vida da Igreja, pois não se deve pensar que a transfiguração se realizará só no além, depois da morte. A vida dos santos e o testemunho dos mártires ensinam-nos que, se a transfiguração do corpo se realizará no final dos tempos com a ressurreição da carne, a do coração verifica-se agora nesta terra, com a ajuda da graça.
Podemos perguntar-nos: como são transfigurados os homens e as mulheres? A resposta é sublime: são os que seguem Cristo na sua vida e na sua morte, que se inspiram n’Ele e se deixam inundar pela graça que Ele nos dá; são aqueles, cujo alimento é cumprir a vontade do Pai; os que se deixam guiar pelo Espírito; os que nada antepõem ao Reino de Cristo; os que amam o próximo até derramar por ele o seu sangue; os que estão dispostos a oferecer tudo sem nada exigir em troca; os que em poucas palavras vivem amando e morrem perdoando.
Papa Bento XVI, também disse: A transfiguração não é uma mudança de Jesus, mas é a revelação da sua divindade, a íntima compenetração do seu ser com Deus, que se torna pura luz. “No seu ser que é uno com o Pai, Jesus mesmo é Luz da Luz” (Jesús di Nazaré, Milão 2007, 357). Pedro, Tiago e João que contemplam a divindade do Senhor, são preparados para enfrentar o escândalo da cruz, como é cantado em um antigo hino: “Sobre o monte te transfigurastes e os teus discípulos contemplaram a tua glória, a fim que vendo-te crucificado, compreendessem que a sua Paixão era voluntária e anunciassem ao mundo que és verdadeiramente o esplendor do Pai” (20/03/2011)
Referencias:
Livros:
Catecismo da Igreja Católica
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica
Dicionário Enciclopédico das religiões – Hugo Schlesinger e Humberto Porto – volume II – Editora Vozes – pág. 2545
site:
Wikipédia

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